Texto e foto: Site Alvorada Parintins/ Marcondes Maciel |
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Amazonas Energia da Aleam vai periciar dois medidores de consumo de energia elétrica de Parintins com suspeita de irregularidades.
As possíveis irregularidades nos contadores de energia de residências no município chegou ao conhecimento do presidente da CPI, deputado Sinésio Campos (PT), por meio de denúncia, nesta segunda-feira, 7 de março, durante audiência pública da CPI da Energia na Câmara Municipal de Parintins.
Para retirar os medidores, os técnicos e ficais do Instituto de Pesos e Medidas do Amazonas (Ipem), que fazeram parte da CPI, notificaram a Amazonas Energia e se dirigiram até as residências. Essa foi uma entre tantas outras irregularidades apresentadas para a CPI, como afirma o deputado Sinésio Campos.
“O valor do Kilowatts de energia pago aqui pelo Amazonas é um dos maiores do Brasil, então vamos reavaliar essa questão no relatório final e estamos também recebendo aqui, delegações de outros municípios”, disse o presidente da CPI.
O coordenador de fiscalização do Ipem, Adriano Cardoso, falou dos procedimentos tomados após as denúncias de irregularidades nos medidores.
“Na verdade o Governo do Estado, por meio do Ipem-Am, atendendo um pedido da CPI, formalizou que fossem apresentados dois medidores denunciados por consumidores. Esses medidores serão levados ao laboratório do Ipem, onde vamos periciar para saber se eles estão medindo corretamente”, assegou Cardoso.
Para os consumidores atendidos na CPI foi entregue a cartilha da CPI da Energia com orientações para o consumidor se proteger dos abusos praticados pela concessionária.
Denúncias
Os consumidores parintinenses, durante a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Amazonas Energia, apresentaram inúmeras reclamações relacionadas a falhas no serviço prestado pela concessionária no município.
Uma das clientes da Amazonas Energia a reclamar foi a jornalista e empreendedora do ramo de alimentos Tereza Almeida. Ela cobrou melhorias para acabar com os constantes cortes no fornecimento de energia no bairro Djard Vieira, que segundo sua reclamação, causam prejuízos para seu comércio de alimentos.
“Temos a queda de ficar oscilando a energia e a queda paralisada, quando para tudo. Além dessas quedas localizadas que são muito constantes, quando tem um racionamento não informado na cidade toda, geralmente quando normaliza, ainda ficamos de 3 a 5 horas sem o fornecimento”, pontuou Tereza.
Pela zona rural vários representantes de comunidades comparecem na Câmara Municipal para cobrar eficiência no serviço da empresa e o fim dos cortes de energia, como afirma o líder comunitário de Santo Antônio do Mocambo do Arari, Salomão Sampaio.
“Já chegamos a ficar 17 dias sem energia. Tem dias que fica 2, 3 dias. Muitas vezes vai embora de manhã e só chega a noite e recentemente isso se tornou constante. Iluminação pública não tem, mas chega a taxa de cobrança de 6, 7 ou 8 reais”, ressaltou Sampaio.