Movimentos de mulheres de Parintins voltam a cobrar aprovação do feriado municipal de 8 de março como dia de luta

Texto e foto: Site Alvorada Parintins/Marcondes Maciel


Um grupo de mulheres ligadas aos movimentos populares de defesa das mulheres em Parintins promoveu uma mobilização na tarde de terça-feira, 8 de março, Dia Internacional da Mulher, para reafirmar a luta pelos direitos de gênero. A Secretaria Municipal de Assistência, Trabalho e Habitação (Semasth) apoiou a causa e também participou do ato. 

No mesmo ato as ativistas sociais cobraram a aprovação do projeto de lei de iniciativa popular para instituir o 8 de Março como um feriado municipal, um dia de luta em defesa dos direitos das mulheres. 

Iniciativa popular

Desde 2019 o movimento de mulheres, liderado pelo Coletivo Articulação Parintins Cidadã, Teia da Cidadania, entre outros, sob a coordenação da professora e ativista social Fátima Guedes, coletou assinaturas e apresentou na Câmara Municipal um projeto de lei propondo a aprovação do feriado no Dia das Mulheres. Foram coletadas centenas de assinaturas. Esse projeto nunca entrou em pauta. 

Mobilização 

Com faixas, cartazes e carro de som, o grupo de mulheres se concentrou na Praça dos Bois e seguiu em caminhada pelas ruas do centro, com uma parada em frente da Câmara Municipal para pronunciamentos. 

A caminhada encerrou na Praça da Catedral de Nossa Senhora do Carmo, onde as participantes da manifestação fizeram discurso em defesa das mulheres e da importância da aprovação da lei.

“A mobilização desse dia é importante para todas as mulheres em nível internacional, mas para nós mulheres parintinenses, é muito mais importante. Hoje unificamos a luta das organizações da sociedade civil com as governamentais, porque a nossa luta, a nossa política é de gênero, não é partidária, não é politicagem. É por justiça social, por política pública para as mulheres e para tornar o oito de março feriado. Para nós isso é muito importante, onde as companheiras que estão nas mais diversas funções poderão estar também, com todos os movimentos, com as secretarias comemorando, refletindo e fazendo esse oito de março”, afirmou a professora e ativista social Arineide Tavares. 

Entre os movimentos populares e o poder público municipal a palavra de ordem é a defesa das causas das lutas da mulher.

“Uma causa só. Hoje a grande bandeira é a mulher. Não tem a segregação entre o poder público e a sociedade civil organizada. Nós unimos forças, viemos para as ruas reivindicar esse espaço, esse dia que nós queremos. Nós queremos que o dia oito no município de Parintins seja decretado feriado pelo Dia Internacional da Mulher”, disse a secretária da Semasth, Zeila Cardoso. 

De acordo com a secretária, em vários municípios o 8 de março já feriado municipal. 

“Em vários municípios já têm essa lei aprovada e o movimento de mulheres entraram fazendo esse pedido há dois anos atrás e ainda não foram atendidas, as esse ano nós viemos unir as foças e viemos para as ruas falar, sensibilizar a Câmara Municipal de Parintins e a sociedade para apoiar esse movimento”, argumentou Zeila.   

Segundo as manifestantes, muitas ações são realizadas no dia 8 de março, porém, muito fragmentadas porque é um dia comum, um dia de trabalho e não consegue desenvolver uma ação com 100% da participação das mulheres.


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DRA. CRISTIANE BRELAZ


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