Partiu o “mau humor” divertido de um talento Garantido


Partiu o “reclamão” criativo, o anarquista incontido, o apaixonado efusivo, que nunca aceitou “ser menos que Garantido”, seu amor de coração. Do “reclamê ao macramê”, Adenilson Ribeiro foi “coisa nossa” por décadas. Era na verdade, memória viva de “tempos que ficaram pra trás…”. 

De toadas antigas a causos do festival, parecia que Adenilson era um ser ancestral. Lembrava de coisas centenárias como se todas tivesse vivido. Só sabe quem tem história. Só sabe quem é Garantido…

Padeceu na miséria moral que muitas vezes domina o festival. “Nunca mudou de fazenda, nem de dono ou de curral”. Por isso Adenilson Ribeiro é memória especial. Brilhou no palco do Boi de Parintins, que segundo um amigo meu contrário é: “Socialmente ingrato. Historicamente injusto. Economicamente trágico”. Mesmo assim brilhou! E brilhou muito!

Agora no céu deve estar reclamando: “O que vão fazer com o meu material? O que vão fazer com as minhas penas? Pena foi ter perdido você na materialidade da existência, mas, vou me comprometer: De nunca esquecer de você. Da risada debochada a criticar. Da timidez contida para não aparecer. Do coração escondido, cheio de bem querer. Assim era você. 

Vá na luz Adenilson Ribeiro do Garantido. Memória e história de um tempo vivido…Lembrança eterna de um amor de amigo.

*Mencius Melo - jornalista e compositor do Garantido da Baixa do São José. Que tinha que aguentar o Adenilson reclamando de tudo e de todos por horas… Mas que era divertido, era….*

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DRA. CRISTIANE BRELAZ


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