Artista visual e professor Vanuzo Tavares vai lançar terceiro livro, agora sobre “Matizes e memórias de uma experiência poética com pintura em Parintins”



O professor parintinense, artista visual e mestre em Sociedade e Cultura na Amazônia, Pedro Vanuzo Tavares da Costa, iniciou o processo de concretização de sua terceira obra literária para retratar as expressividades e características de produção das artes plásticas de Parintins. Trata-se do livro “Matizes e memórias de uma experiência poética com pintura em Parintins”.

Os livros já publicados por Vanuzo são: ARTE EM PARINTINS e TRAJETÓRIAS E PROCESSOS DE CRIAÇÃO DOS ARTISTAS PLÁSTICOS EM PARINTINS

A obra será fruto do projeto aprovado pela Lei Paulo Gustavo, da Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa (SEC), Governo do Amazonas.


Para o início do trabalho de pesquisa com esse tema, o professor Vanuzo Tavares vai reunir os amigos da arte e cultura da Associação dos Artistas plásticos de Parintins (AAPP) para um ciclo de palestras e roda de conversa sobre a confecção do livro denominado Matizes e memórias de uma experiência poética com pintura em Parintins, Amazonas.

“Nesta obra literária teremos a participação de artistas da primeira, segunda e terceira geração. O evento marca o início de nosso trabalho e faz parte da programação do cronograma de execução. Nesse sentido, gostaríamos de solicitar o apoio de todos os artistas e estender o presente convite a todos os demais interessados em participar do referido evento”, convidou Vanuzo.

O encontro será nesta sexta-feira, 19 de janeiro, na sede da AAPP na avenida Amazonas, às 19h e qualquer informação adicional no contato (92) 99185-0398.

Projeto literário 

De acordo com Pedro Vanuzo Tavares, a obra “Matizes e memórias de uma experiência poética com pintura em Parintins/AM”, é uma proposta de pesquisa contextualiza na busca pelo entendimento conceitual entre arte e aperfeiçoamento do processo criativo do artista parintinense. 

“Compreender como se constrói a experiência estética na pintura em tela em Parintins a partir de 1960 e como esse contexto influenciou a produção artística dos artistas atuais. Busco investigar também como as produções artísticas podem esclarecer as profundas relações com o meio cultural ao qual estamos inseridos, decodificando e recodificando os símbolos e signos, buscando compreender as relações entre homem e natureza dentro do processo dinâmico de criação”, contou o artista.

Na condição de artista plástico/pesquisador, Tavares diz que o foco é levantar um debate sobre teoria e prática do processo de criação e produção artística, assim como da pintura em tela parintinense. Para isso ele buscou pesquisadores da área, entre os quais Maisel (2014) diz que “o processo criativo de um artista se baseia nas suas vivências e experiências colaterais”. A arte tem profundas relações com a realidade social em que está inserida e o artista trabalha com uma percepção que está profundamente articulada com sua cultura, ressignificando suas experiências e vivências, que assumem significados abertos.

“A pintura artística em Parintins (pintura em tela), percorreu um árduo caminho ao longo de décadas. Desbravando possibilidades na qual o artista, pudesse ampliar seu conhecimento técnico, ou seja, a sua maneira do fazer artístico, fortalecendo seu traço na observação da arte do outro. Essa manifestação artística faz parte do universo cultural plural da cidade, misturando-se com outras formas de expressões existentes no lugar. Com o interesse em sistematizar a primeira, segunda e terceira geração de artista plásticos em Parintins vivenciada principalmente por artistas locais, leva-se em consideração a percepção, compreensão e aperfeiçoamento do processo criativo, no fazer e do objeto artístico. Essas características implicam na compreensão configurada pela sistematização da cultura amazônica. Esses artistas pioneiros foram muito importantes na construção histórica, artística e cultural da cidade”, relata.

Pedro Vanuzo assegura que os artistas parintinenses estão num patamar gradativo de edificação literária da história da arte local, pois os registros visuais e escritos limiares da época são escassos. 

“Quando se relaciona Parintins como Terra da Arte e da Cultura, traz à memória a conquista deste espaço, desta referência, através do trabalho árduo e dedicação do artista, construído lentamente e de forma gradual. O Festival de Parintins faz a sua parte chamando a atenção do público, que levou além-mar essa “nova” forma de fazer arte. O primeiro passo importante para esse reconhecimento foi a contribuição no carnaval do Rio de Janeiro, no momento a maior expressão popular do Brasil, quando o artista amazônida deu vida àqueles seres inertes pela ausência de movimentos e sem vida, de uma forma tão peculiar. O festival de Parintins é a base incontestável da cultura local, porém a força da imaginação do artista é o braço forte a desbravar novos caminhos, criando novos rumos por onde haverá de surgir novas possibilidades. Avante sempre artistas”, frisa o artista, pesquisador escritor. 

Sobre o autor 

Pedro Vanuzo Tavares da Costa; é Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia, PPGSCA – UFAM/Manaus. 
- Artista Plástico com formação acadêmica em Expressão Visual e Licenciatura em Artes Visuais pela Universidade Federal do Amazonas, UFAM/Parintins.
- Pesquisador de processos artísticos na Amazônia.  
- Autor do livro: ARTE EM PARINTINS
- Autor do livro TRAJETÓRIAS E PROCESSOS DE CRIAÇÃO DOS ARTISTAS PLÁSTICOS EM PARINTINS, (ISBN: 978-65-87643-93-9. - 1.); Capitulo de livro; Representações em tela sobre imaginação e imaginário amazônico: estudo de caso nas perspectivas de Bachelard e Durand, (ISBN - 978-85-5467-136-5. - 1) - ARTIGO; C 122. Caderno Sala de Aula. Vol. 2. n 3 – jan-jun. 2013. Edição Especial – Manaus. (ISSN: 2238-0736); ARTIGO; Pinturas de Murais: Uma Abordagem na Perspectiva Folkcomunicacional, XIX Conferência Brasileira de Folkcomunicação Universidade Federal do Amazonas; ARTIGO; Pinturas em telas: As representações no imaginário da mulher artista parintinense, Anais do 6º EMFLOR – Encontro Nacional de Estudos sobre Mulheres da Floresta, Programa de Pós-Graduação Sociedade e Cultura na Amazônia e Programa de Pós-Graduação em Serviço Social e Sustentabilidade na Amazônia da Universidade Federal do Amazonas, (ISSN: 2316-8684); ARTIGO; A Representação da Figura do Indígena na Pintura em Tela do Artista Parintinense: Tempo - Espaço - Resistência e Luta na Amazônia, Anais do 4º SisCultura – Seminário Internacional Sociedade e Cultura na Pan-Amazônia, Programa de Pós-Graduação Sociedade e Cultura na Amazônia da Universidade Federal do Amazonas. (ISSN: 2359-5353), Ano 4, n. 4, nov. 2020 – Manaus: Edua/Capes/ Fapeam, 2020.



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