A Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf) entregou, nesta sexta-feira (04/10), o certificado de autorização para a realização, em Manaus, da edição 2024 da Feira de Flores de Holambra, que inicia hoje e segue até o dia 20 de outubro. O pedido de autorização junto à autarquia é obrigatório e necessário para preservar o patrimônio vegetal do Amazonas.
Servidores da Gerência de Defesa Vegetal (GDV) da Agência de Defesa estiveram na Praça 5 de Setembro (Praça da Saudade), no centro de Manaus, para acompanhar a chegada das flores e plantas ornamentais cultivadas na cidade de Holambra, em São Paulo, e as cultivadas nos viveiros localizados aqui na capital.
Segundo o engenheiro agrônomo da Adaf, Aloysio Malveira, não existe restrição fitossanitária de entrada de flores e plantas ornamentais no Amazonas, mas para garantir o cumprimento do Decreto nº 24.114, de 1934, que regulamenta a defesa sanitária vegetal no Brasil, e a Instrução Normativa nº 38, que regulamenta as pragas quarentenárias presentes no Brasil, a autarquia fiscaliza e inspeciona o trânsito de plantas oriundas de outras unidades da federação.
No caso de São Paulo, há ocorrência das pragas Greening ou Huanglongbing (HLB) e Cancro Cítrico.
“Até o momento, não existem casos registrados de HLB e Cancro Cítrico no Amazonas. Ambas as pragas oferecem risco para a citricultura mundial, pois causam danos expressivos aos pomares, impactando diretamente a economia. Suas introduções no Amazonas poderiam acarretar enormes prejuízos aos produtores, bem como inviabilizar a produção na escala atual. No caso do HLB, por exemplo, de 2008 a 2019, mais de 55 milhões de plantas de citros tiveram de ser erradicadas somente no estado de São Paulo devido à praga”, ressaltou.
A Adaf ressalta que apenas os citros acompanhados de Permissão de Trânsito Vegetal (PTV), que atesta a sanidade na origem, por meio do Certificado Fitossanitário de Origem (CFO), podem entrar no estado.
Além da entrada de citros no Amazonas, outra condição fiscalizada pela Adaf ao apreciar este tipo de evento é o trânsito de solo que possa conter, em qualquer estado de desenvolvimento, criptógomos, insetos e outros parasitos nocivos aos vegetais, que também é proibido pelo decreto federal.
“No caso das plantas que estão chegando, elas vêm em vasos com substrato”, explicou o agrônomo.
Qualquer suspeita de irregularidade que ponha em risco o patrimônio vegetal do Amazonas deverá ser comunicada à Adaf. As denúncias podem ser reportadas à GDV pelo AdafOuv no número (92) 99380-9174.
FOTO: Divulgação/Adaf e Arquivo Pessoal
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