Na manhã desta sexta-feira, 13, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (SEDEMA), em parceria com a Polícia Militar Ambiental, realizou uma ação na Feira da Conquista, em Parintins. A operação, batizada de Interior Mais Seguro, teve como objetivo combater o comércio ilegal de animais silvestres na região.
Por volta das 8h da manhã, durante patrulhamento de rotina, os agentes localizaram um box na banca 06, de propriedade do feirante I.C.M., de 33 anos, onde foram encontrados animais silvestres sendo comercializados de forma irregular. Entre os itens apreendidos estavam dois marrecos, 20 kg de pirarucu fresco e 15 kg de porco do mato, todos sem documentação que comprovasse a origem legal, o que caracteriza crime ambiental previsto na Lei 9605, artigo 29, parágrafo III.
A ação resultou na condução do infrator ao 3º Distrito Policial de Parintins, onde foi lavrado um auto de infração. A multa aplicada ao feirante foi de R$ 20 mil, dividida entre os diferentes animais apreendidos, de acordo com o decreto 6514, que regula as penalidades por crimes ambientais.
Segundo o responsável pela operação, Tenente Kenedy, do Batalhão de Policiamento Ambiental da Polícia Militar do Estado do Amazonas, a ação surgiu como resposta de denúncias relacionadas ao consumo de animal silvestre, e foi idealizada pela Secretaria de Meio Ambiente (SEDEMA) após diversas denúncias relacionadas ao comércio de animais silvestres. "Hoje, conseguimos localizar onde animais como porco do mato, pirarucu sem nota fiscal e marrecos estavam sendo vendidos de forma ilegal. Essa ação é fruto de um esforço conjunto entre a SEDEMA, a Polícia Militar Ambiental e a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas", explicou.
O subsecretário de Meio Ambiente, Wescley Dray, reforçou a importância de conscientizar a população. “O comércio de animais silvestres é ilegal e prejudica o meio ambiente. Além disso, a venda de carne de animais sem procedência representa riscos à saúde, pois não há controle sobre a origem ou possíveis doenças que esses animais possam transmitir”, alerta.
O pirarucu, por exemplo, é mantido em período de defeso o ano todo, e só pode ser comercializado se proveniente de áreas de manejo ou criadouros autorizados. Como os animais encontrados não tinham documentação, eles provavelmente eram provenientes de pesca ilegal, o que reforça a gravidade do crime.
A operação também serve como alerta para a população evitar o consumo de carne de animais silvestres, que além de ilegal, pode representar riscos à saúde. A fiscalização continuará intensificando ações para proteger a biodiversidade e garantir que leis ambientais sejam cumpridas.
Texto: Stephany Farias - SEDEMA/SECOM
Fotos : Carlos Silva e João Marinho
Tags:
Meio Ambiente