Estudantes do Colégio Nossa Senhora do Carmo trocam saberes amazônicos com pesquisadores da Caravana Iaraçu rumo à COP30


Durante a passagem da Caravana Científico-Cultural Iaraçu por Parintins, nesta quarta-feira (29), alunos e professores do Colégio Nossa Senhora do Carmo visitaram a expedição fluvial que navega pela Amazônia rumo a Belém (PA), cidade-sede da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30).

Na oportunidade, os estudantes participaram de um diálogo com pesquisadores, compartilhando conhecimentos sobre a realidade amazônica, seus desafios ambientais e culturais, além de propor temas de debate para o evento internacional.

“Fizemos um bate-papo muito legal sobre nossas percepções e a nossa realidade amazônica. A iniciativa foi muito importante, pois é como se tivéssemos participando da COP30”, destacou o aluno Elias Neto.

A Caravana Iaraçu é uma iniciativa coordenada pelo Instituto Francês de Pesquisa para o Desenvolvimento (IRD), Embaixada da França no Brasil e Centro Franco-Brasileiro para a Biodiversidade Amazônica (CFBBA), com apoio de instituições de ensino e fomento como MEC, MCTI, CNPq, Capes, Ufam, Ufopa, UFPA, Inpa, USP, Cirad e CNRS.

Fruto da cooperação Brasil–França entre a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e o IRD, a expedição partiu de Manaus no dia 28 de outubro e percorrerá mais de dez cidades até chegar a Belém, no dia 6 de novembro. O encerramento está previsto para o dia 18. O projeto busca integrar a sociedade amazônica às ações de pesquisa e promover o diálogo sobre resiliência dos territórios e mudanças climáticas, fortalecendo a diplomacia científica e ambiental entre os dois países.

“Foi um momento muito rico escutar as demandas e preocupações de alunos e professores. Esses diálogos refletem a profundidade de quem vive a Amazônia”, avaliou o professor e pesquisador da Ufam, Naziano Filizola.

Durante a jornada, o barco-laboratório abre suas portas em cada cidade visitada para apresentar atividades nos eixos Ciência Itinerante e Divulgação, Diálogo com as Comunidades e Produção de Conteúdos Científicos e Culturais. As ações incluem oficinas sobre mudanças climáticas, projeções de filmes, exposições, debates e trocas intergeracionais sobre a resiliência dos territórios amazônicos.

As próximas paradas da expedição incluem Óbidos, Santarém, Almeirim, Porto de Moz, Gurupá, Breves e Macapá, com encontros e atividades que fortalecem a escuta das comunidades sobre adaptação, habitabilidade e justiça climática.

Texto/fotos: Kássia Maria Muniz

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DRA. CRISTIANE BRELAZ


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