Há mais de um mês, a Prefeitura de Parintins concretiza uma ação inédita de mecanização agrícola no Distrito do Mocambo do Arari, com o objetivo de recuperar pastagens degradadas e fornecer suporte essencial aos pequenos criadores de bovinos. O plano operacional da gestão do prefeito Mateus Assayag e vice-prefeita Vanessa Gonçalves visa o fortalecimento da pecuária local, preparando áreas para o retorno do rebanho à terra firme na enchente do próximo ano.
Até o momento, 50 hectares de pastagens já foram preparados, com a expectativa de que o trabalho inicial atinja mais de 120 hectares no total. O serviço é operacionalizado pela Secretaria Municipal de Produção e Abastecimento (Sempa), com o uso de duas patrulhas completas, com tratores e implementos agrícolas da Prefeitura de Parintins, por meio de uma frente de trabalho inédita. A iniciativa tem sido recebida com grande satisfação pelos produtores, muitos dos quais enfrentavam dificuldades extremas devido à degradação do solo e à falta de pasto.
O prefeito Mateus Assayag destaca a importância da mecanização e da recuperação de áreas degradadas para o desenvolvimento sustentável do município. Segundo ele, a modernização das práticas produtivas é um passo essencial para aumentar a eficiência no campo, reduzir custos, cuidar do meio ambiente e melhorar a qualidade de vida dos criadores. “Queremos assegurar que nossos criadores tenham acesso aos melhores equipamentos e ao conhecimento necessário para trabalhar de forma mais produtiva e segura”, afirma.
Satisfação e esperança dos produtores
Lino Batista, criador e comprador de gado, foi o primeiro a ser atendido e expressou seu contentamento com a mecanização do governo municipal. "É muito bom esse trabalho que estão fazendo aqui, essa ação do prefeito Mateus. Isso nunca tinha acontecido e chegou no momento em que estávamos mais precisando. O problema da terra, com a falta de capim para o gado, já estava passando do limite aqui", declara o criador que já planeja preparar mais uma área em 2026.
Lino está com seu rebanho na várzea do Primeiro Lago, alugava campos e cortava capim para manter o rebanho. "Só esse meu campo não é suficiente, eu alugo mais 15 hectares. O lote aumentou para 200 rezes. Mesmo assim, ainda me 'aperreio', perdi umas 12 rezes este ano porque não tinha pasto. Levamos o rebanho para a várzea, e ele chegou fraco, tivemos prejuízo. Temos que agradecer muito ao prefeito Mateus por essa ação por nós", acrescenta. O criador tem confiança que a mecanização em oito hectares já diminua a escassez de pasto em 2026.
O produtor Domingos Teixeira, o Goti, compartilha a realidade vivenciada. "Estava uma tristeza o campo porque não aguentava mais nosso gado. Este ano eu não tinha mais nem esperança de colocar gado, não tinha mais condições. A pastagem não prestava mais, a terra estava muito dura. Esse trabalho é um sonho realizado que a gente esperava há muitos anos", comemora.
O criador, que tradicionalmente leva o rebanho da terra firme do Mocambo do Arari para a várzea do Paraná do Arco durante a vazante do Rio Amazonas, pela abundância de capim natural, também manifestou agradecimento às lideranças envolvidas na realização dos serviços de mecanização, ressaltando que investiu em combustível, calcário e apoio para a equipe de operadores de máquinas pesadas da Secretaria Municipal de Produção.
Acompanhamento Técnico
O plano de trabalho em andamento é uma ação estratégica do governo do prefeito Mateus Assayag e da vice-prefeita Vanessa Gonçalves, e do secretário de Produção Tião Teixeira. A Prefeitura de Parintins também contribuiu com o apoio logístico para a chegada de mais de 300 toneladas de calcário adquiridas pelos próprios criadores, essenciais para o sucesso da mecanização.
O acompanhamento técnico dos serviços é realizado pelo engenheiro agrônomo Ronald Gonçalves, Coordenador de Produção da Sempa. O prefeito Mateus Assayag, em uma iniciativa inovadora, arcou ainda com os custos da análise de solo das áreas contempladas. O levantamento chegou a 50 produtores que se cadastraram no programa de mecanização agrícola e se prepararam antecipadamente para a aquisição de insumos necessários.
Ronald Gonçalves detalhou as etapas do trabalho."Começamos com o diagnóstico das áreas no mês de junho e identificamos o problema das pastagens degradadas. Coletamos amostras de solo para análise em laboratório, para que a gente possa fazer a correção com aplicação de calcário, de fertilizantes, condicionantes para uma pastagem de qualidade. A fase final do trabalho será a aplicação dos adubos com as sementes", explica.
O resultado esperado é o aumento da produção local. "As áreas estarão prontas para o gado que sair da várzea para passar a enchente na terra firme. Esperamos um resultado no produto final, com leite, queijo e carne, na mesa da população," assegura Ronald, destacando ainda o benefício ambiental da mecanização. "Geramos um impacto ambiental muito grande, sem derrubar uma árvore da floresta nativa, com esse trabalho de recuperação", complementa.
Texto: Gerlean Brasil - SEMPA/SECOM
Fotos: Éder Repolho - SECOM
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Produção Rural



