Projeto “Arte que transforma” de Zezinho Ribeiro oferece oficinas de pintura e desenho no combate à violência em Parintins

Texto: Marcondes Maciel DRT-AM  - Foto: Divulgação do projeto 

O artista visual e professor José Ribeiro Neto, também chamado de “Zezinho Ribeiro”, vai iniciar no dia 4 de abril, o processo de execução do projeto “Arte que transforma” com o objetivo de utilizar as artes visuais como uma ferramenta de combate à violência contra crianças e adolescentes em Parintins. A iniciativa faz parte do projeto contemplado pela Lei Paulo Gustavo, Chamamento Público de Fomento às Artes e Cultura nº 07/2023 do Governo do Estado do Amazonas. 

De acordo com o artista Zezinho, o publico alvo das ações do projeto são as crianças de 7 a 10 anos de idade, do Ensino Fundamental I (1º ao 5º ano), da Escola Estadual Beatriz Maranhão. Zezinho explica que os estudantes receberão atividades e oficinas de desenho e pintura visando promover a experiência dos artistas na arte como inspiração, além de apresentar as artes visuais como futura possibilidade profissional e proporcionar as artes visuais como uma inibidora do ócio e da criminalidade.

O artista e proponente do projeto Zezinho Ribeiro informa que para chegar aos números das estáticas houve um trabalho de pesquisa. Entre os órgãos públicos e entidade de defesa dos direitos da criança e do adolescente consultados, um foi o 11° Batalhão de Polícia Militar de Parintins, que informou que de 2017 a 2022 ocorreu o crescimento do nível de tráfico de drogas, de violência e de furtos nos bairros da cidade de Parintins. 

“Esses acontecimentos afetam negativamente o coeficiente de educação de crianças e adolescentes que acabam por projetar essa situação em suas vidas, devido muitos destes vivem de modo ocioso e sem nenhuma perspectiva de oportunidades, motivação e esperança de dias melhores, devido aos fatos desses maus exemplos. Por isso, este projeto visa entrar nesse aspecto e contribuir na mudança dessa realidade para as crianças e adolescentes através das artes visuais, especificamente do bairro do Palmares, em Parintins”, justificou Zezinho.

Arte como transformação 

Para o professor Zezinho, a arte tem um papel importante na formação do ser humano e o artista plástico, por meio da arte, contribui no combate dos fatos negativos, e este torna-se o objetivo do projeto, e tomando como público alvo, o projeto deverá atender crianças não somente do bairro de Palmares, mas também de localidades próximas, especificamente para as matriculadas na Escola Municipal Beatriz Maranhão. 

Sobre o projeto

O projeto visa estabelecer uma maneira de contribuir no ensino e formação das crianças da Escola Municipal Beatriz Maranhão de modo que as privem de fatos hediondos oriundos da criminalidade e violência que permeiam a realidade das mesmas, vistos na atual realidade das famílias residentes no bairro do Palmares e proximidades., no município de Parintins.

Segundo o ECA, no Art. Nº 5, nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais.

Dessa maneira visando o futuro social e profissional das crianças, o preponente deste projeto, Zezinho Ribeiro, artista laureado, e docente de artes visuais, sugere que através das Artes Visuais, existe uma possibilidade de inspirar crianças e adolescentes a seguir esse viés cultural, exaltar seus sonhos e projetos para o futuro e criar um conceito de prevenção da criminalidade e da violência, além de se privar do ócio e da falta de oportunidades, gerando uma motivação e esperança de dias melhores para a resolução da realidade que estas crianças vivem.

Tendo em mente que o projeto visa o combate à violência e a criminalidade, começando pela base da sociedade, as crianças, o projeto realizará junto com a Escola Beatriz Maranhão, um serie de capacitação básica de Artes Visuais. Primeiramente serão selecionados artistas que voluntariamente, ministrarão palestras didáticas, abordando suas carreiras e experiencias na arte de modo que motive essas crianças a ver na arte uma possibilidade de inspirações de sonhos.

Após os primeiros dias de apresentação, haverá implementação das oficinas de arte, onde ocorrerá a aplicação de conceitos tanto teórico, quanto prático, especialmente envolvendo breves nuances que aborde o tema do projeto, as artes visuais como ferramenta de combate a violência.

Deverá ser realizado juntamente com as oficinas um momento de escuta e diálogo com as crianças, de modo que permita a esses pequenos jovens se abrirem a falarem sobre sua realidade, e também auxilia o professor e seus monitores a ajudarem estas crianças a terem um aprendizado melhor, e eventualmente auxiliar em algum problema que estas crianças estejam sofrendo. 

Na ocasião deverá participar toda criança que preencher o total de vagas proposta no projeto de inicialmente 50 alunos, devendo a tender a todos os que se interessarem e se inscreverem no quantitativo de vagos, prevendo atender também crianças com necessidades especiais. Para isso no item de acessibilidade, haverá um profissional que atenda essencialmente esse perfil de alunos e some com as atividades do projeto de modo inclusivo. As vagas serão anunciadas com uma semana de antecedência a capacitação e deverá ser promovida também nas redes sociais.

Os pais também poderão participar do projeto, caso queiram acompanhar e também recebem um breve diretório sobre a importância do combate a violência e o incentivo dos sonhos e potências de sus filhos. No final será realizado uma pequena amostra na própria escola dos projetos realizados pelos participantes do projeto.

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