Conhecida por defender e difundir a cultura indígena, a cunhã-poranga do Boi Caprichoso, Marciele Albuquerque, participou de um evento que faz parte da história dos povos originários. Ela esteve no Festival Mariri Yawanawa, que aconteceu esta semana na Aldeia Mutum, em Tarauacá, no Acre. A celebração faz parte da tradição do povo Yawanawa.
O Festival Mariri Yawanawa “é uma grande celebração que reúne todos os representantes de cada aldeia do povo Yawanawa da aldeia Mutum. Durante uma semana, são realizados cantos, danças, cerimônias, jogos, brincadeiras, cura, arte, expressão artística, manifestação cultural e espiritual Yawanawa”. A festa é realizada é promovida pela Associação Sociocultural Yawanawa.
Defensora das causas indígenas, Marciele Albuquerque fez questão de estar presente neste festival e participou ativamente da programação. Ela acompanhou o namorado Thiago Yawanawa, nativo da aldeia e um dos organizadores do evento. Ele é filho cacique Tashka, assessor da Câmara Federal. A cunhã conta que foi uma experiência única de conexão com suas raízes indígenas.
“A experiência de participar do festival Mariri foi única. Foi um encontro com a essência da ancestralidade. Eu nunca ouvi um canto tão forte como o do povo Yawanawá através da dança, do canto, da arte, do grafismo, tudo exalava uma ancestralidade muito forte e tudo em sintonia com a natureza. A gente estava no meio da floresta. É algo inexplicável”, relata Marciele.
Para Marciele, a realização do Festival Mariri é uma forma da cultura indígena resistir. “Todos os dias as meninas se pintam, colocam suas penas, seus acessórios, dançam, cantam. É algo incrível de se ver. É a resistência. É o resgate da cultura Yawanawa. A preservação dos cantos, das brincadeiras tradicionais. É isso que acontece no Mariri, esse resgate em forma de arte”, declarou.
Fotos: Thiago Yawanawa
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