Governador Wilson Lima firma parceria para construção de primeira usina a gás natural do Norte do Brasil para operações portuárias


O governador Wilson Lima assinou, nesta quarta-feira (02/07), parceria com a empresa Super Terminais para viabilizar a construção da primeira usina a gás natural do Norte do Brasil dedicada às operações portuárias. O projeto terá investimento de R$ 30 milhões e representa um marco na modernização da infraestrutura logística e energética do Amazonas, com foco em fontes de energia mais limpas.

“Tudo o que temos avançado na questão do gás natural tem sido muito positivo nos últimos anos. O gás natural, apesar de ser um combustível de origem fóssil, é a fonte mais segura nesse processo de transição energética, poluindo menos que o diesel, gasolina e outros derivados. O estado do Amazonas hoje está em outro patamar com relação ao gás natural”, afirmou Wilson Lima. 

De acordo com o governador, o projeto da usina a gás natural no porto Super Terminais é mais um passo na construção de um modelo de desenvolvimento que combina inovação, responsabilidade ambiental e geração de emprego e renda. 

Participaram da assinatura do contrato o presidente da Companhia de Gás do Amazonas (Cigás), Heraldo Beleza; o deputado estadual Adjunto Afonso; o desembargador do Tribunal Regional do Trabalho (TRT 11), Audaliphal Silva; o titular da Secretaria de Estado de Energia, Mineração e Gás (Semig), Ronney Peixoto; o diretor-presidente do Instituto do Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), Gustavo Picanço; o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Amazonas (OAB-AM), Jean Cleuter; e o vereador Diego Afonso. 

Com a nova usina e os investimentos em curso, o Amazonas reforça sua posição de protagonismo na transição energética e no avanço de práticas mais alinhadas às exigências ambientais globais, posicionando-se como referência no uso responsável dos recursos naturais.

A nova usina vai fornecer energia elétrica para alimentar diretamente os três guindastes Konecranes em operação no porto Super Terminais. Os equipamentos são os primeiros guindastes elétricos do mundo e referência em eficiência energética, permitindo uma redução significativa nas emissões e maior segurança nas operações. O abastecimento será feito por tubulações subterrâneas, eliminando a necessidade de transporte rodoviário de diesel e o tráfego de caminhões na região.

O projeto inclui a construção de 3,5 quilômetros de gasoduto, com capacidade de fornecimento de até 12 mil metros cúbicos de gás natural por dia. A expectativa é de que o novo modelo reduza em aproximadamente 17 mil toneladas as emissões de CO² por ano nas operações do terminal. As obras têm prazo estimado de 12 meses para conclusão.

“Esse projeto começou há dois anos, com a nossa parceria da Cigás com o Governo do Amazonas. Nós queremos que esse pioneirismo traga exemplos para o Amazonas, para as outras indústrias, aos outros portos, que todos possam abraçar essa ideia de utilizar energias renováveis. Nosso objetivo é colaborar com as iniciativas do governo e trazer sempre novidades”, afirmou o diretor-presidente da Super Terminais, Marcello Di Gregório. 

Nova matriz econômica

A assinatura da parceria integra a estratégia do Governo do Amazonas para consolidar o gás natural como matriz econômica no estado. Desde 2019, o governador Wilson Lima lidera um conjunto de ações para fortalecer o setor, incluindo a sanção da Lei do Gás (Lei nº 5.420/2021), que quebrou o monopólio na distribuição e abriu o mercado para novos investimentos.

Entre os principais projetos em execução está o Complexo do Azulão 950, no município de Silves, onde a empresa Eneva está investindo R$ 5,8 bilhões na construção de três usinas termelétricas movidas a gás natural. O complexo terá capacidade para gerar energia elétrica suficiente para atender 3,7 milhões de residências, com mais de 5 mil empregos no pico das obras, previstas para conclusão entre o fim de 2026 e o início de 2027.

O Amazonas conta hoje com uma rede de 335 quilômetros de gasodutos, responsável por abastecer mais de 25 mil unidades consumidoras em sete municípios. No setor industrial, o gás natural se destaca como uma alternativa mais econômica e sustentável, garantindo até 47% de economia em relação ao diesel e 54% na comparação com o GLP.

Foto: Diego Peres e Mauro Neto/Secom

Enviar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem

DRA. CRISTIANE BRELAZ


PORTAL PANORAMA PARINTINS